Há, ainda, a ideia de tentar emplacar uma discussão do tema no Legislativa, onde um freio às pretensões das big techs tem pouca chance de prosperar, já que parlamentares alinhados ao bolsonarismo fazem do tema uma trincheira, inclusive negociando o boicote a qualquer regulamentação como condição para alinhar a escolha dos próximos presidentes da Câmara e do Senado.
A responsabilização das redes é tema de um julgamento no STF, iniciado em 2024. Até agora, os relatores apresentaram propostas para responsabilizar as redes por conteúdos postados por terceiros, mesmo quando não houver uma decisão judicial sobre os conteúdos.
Ou seja, a questão é saber se esses aplicativos podem ser condenados ao pagamento de indenização por danos morais por não terem retirado do ar postagens ofensivas, com discursos de ódio, fake news ou prejudiciais a terceiros, mesmo sem uma ordem prévia da Justiça neste sentido.
Os casos envolvem a aplicação de um trecho do Marco Civil da Internet. A lei, que entrou em vigor em 2014, funciona como uma espécie de Constituição para o uso da rede no Brasil — estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para usuários e empresas.