Introdução
Você já percebeu que o dólar está mais caro e se perguntou por que isso aconteceu de repente? Essa bola de neve começou com uma decisão do presidente dos EUA — e rendeu impacto direto na sua vida. Neste artigo, vou te contar com calma o que está por trás da alta do dólar hoje, como chegamos aqui e o que isso significa para o seu bolso. Se você acompanha a cotação e sente o reflexo na conta do supermercado, este texto é para você.
O que faz o dólar hoje disparar?
No início da tarde de 11 de julho de 2025, o dólar à vista fechou cotado a R$ 5,5481, alta de 0,12% em apenas um dia e um aumento de 2,28% na semana. Essa valorização tem um nome: tarifas dos EUA.
1. Entenda a “guerra tarifá
ria”
Donald Trump anunciou tarifas:
Essas medidas mexem com o dólar porque aumentam o risco e a expectativa de que empresas vendam menos para os EUA — e menos dólares entrando no Brasil significa câmbio mais alto.
2. Reação dos mercados glob
ais
Com as tarifas, investidores fogem de ativos mais arriscados como ações emergentes. Resultado: dólar se valoriza globalmente e pressiona ainda mais o real .
No Brasil, o dólar comercial fechou em R$ 5,589 (compra) e R$ 5,608 (turismo), indicando que a alta afeta as duas cotações.
Por que essa oscilação nos últimos dias?
9 de julho: o susto chega pri
meiro
Trump anunciou uma possível tarifa mínima de 25–40% contra até sete países, inclusive o Brasil, levando o dólar a R$ 5,50359 (+1,05%).
10 de julho: tarifa oficial de 50%
Recebida com surpresa, essa notícia fez o dólar disparar até R$ 5,621 no intraday, embora tenha acomodado em R$ 5,5416 no fechamento .
11 de julho: final da seman
a
Com o mercado assimilando o choque, o dólar hoje fechou em alta moderada de 0,12%, aos R$ 5,5481.
Como essa alta afeta o seu dia a dia?
1. Preços nas alturas
Produtos importados, ou fabricados no Brasil com matérias-primas cotadas em dólar — como eletrônicos, remédios e combustíveis — ficam mais ca
ros. A inflação sente o impacto, e isso também pressiona os juros.
2. Turismo mais caro
Para quem viaja ou compra dólares em espécie/cartões:
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Compra: R$ 5,608
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Venda: R$ 5,788
Ou seja, cada dólar “turismo” custa até R$ 0,20 a mais que o comercial.
3. Investimentos e mercado financeiro
A instabilidade teme afugentar i
nvestidores. Uma semana de alta de 2,28% no dólar refletiu fuga de investidores, bolsas em baixa e juros protegidos por precificação do risco.
Panorama econômico no Brasil e fatores internos
Embora as tarifas gazebo sejam o principal gatilho, há contexto interno:
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Serviços cresceram 4 meses seguidos (maio), num ritmo mais contido.
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Fazenda revisou o PIB de 2,4% para 2,5% em 2025 – um sinal positivo .
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Inflação acumulada de 5,35% até junho, ligeiramente acima do previsto — IPCA em alta .
Esses indicadores ajudam a entender que o real vinha até resistindo antes das tarifas.
O que esperar daqui pra frente?
A. Retaliações do Brasil?
Ainda não está claro como o Brasil vai reagir. Poderia haver contramedidas ou abertura para negociação. Esse jogo diplomático influenciará a cotação daqui em diante.
B. Tensão internacional e panorama global
Trump também sinalizou intenção de ampliar tarifas gerais para 15–20% em outros mercados. Se isso se concretizar, poderemos enfrentar uma guerra comercial mais ampla.
C. Política monetária e juros no Fed e BC
O Federal Reserve ainda debate corte de juros, e isso pode aliviar o dólar globalmente.
No Brasil, o Copom mantém a Selic alta (15%) para conter a inflação, o que também dá suporte ao real.
Estratégias para se proteger da alta do dólar hoje
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Planeje compras e viagens: troque dólares com antecedência se possível, comparando turismo vs. comercial.
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Considere investimentos atrelados ao dólar: como fundos cambiais.
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Diversifique: fundos DI, Tesouro, ativos fora do dólar podem equilibrar risco.
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Acompanhe cenários: novas tarifas ou respostas do Brasil podem reverter o câmbio.
Resumo dos principais pontos
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Dólar hoje fechou em R$ 5,5481, alta de 0,12%, e acumulou +2,28% na semana.
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Principais causas: tarifa de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros e tensões comerciais.
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Impactos: inflação, preços ao consumidor, custo de viagens e incerteza nos mercados financeiros.
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Panorama interno: serviços em expansão, PIB revisado para cima, inflação levemente acelerada .
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O que vem pela frente: retaliações diplomáticas, novas tarifas globais, posicionamento dos bancos centrais.
Conclusão
Viver sob a volatilidade do câmbio é desafiador – e a alta do dólar hoje, com tarifas de Trump como gatilho, tem um impacto real no seu dia a dia. Mas informação é poder. Agora você sabe por que o dólar atingiu patamares acima de R$ 5,50, o que esperar do cenário e como reagir. O caminho é estar atento: seus gastos, seus investimentos e suas escolhas dependem disso.
Bullet Points – Pontos-chave para guardar no bolso
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O dólar fechou a R$ 5,5481, alta semanal de 2,28%.
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A alta reflete tarifas de até 50% dos EUA contra o Brasil.
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Impacto direto: produtos, viagens e inflação mais caros.
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PIB brasileiro surpreendeu positivamente este ano.
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Fique de olho em negociações e nas decisões de juros.